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Geroclinica inicia o processo de Acreditação ONA.

A empresa iniciou processo de assessoria e consultoria para  a implantação dos requisitos do Manual da ONA nível 1, com especificação técnica em Assistência Domiciliar.

Este processo levará cerca de dois anos e serão construídos com a colaboração de todos os colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes.

Um longo caminho e um desafio para toda equipe, na busca da melhoria constante no atendimento aos nossos pacientes.

Geroclinica apresenta pesquisa importante sobre home care no XXI Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia – CBGG 2018 6 a 8 de junho de 2018

Com o tema Internação Domiciliar Geriátrica a empresa  falou sobre o envelhecimento populacional e as novas demandas na assistência à saúde da população, que  implicam alternativas à hospitalização, principalmente na fase avançada e terminais de doenças crônicas, a necessidade de reabilitação intensiva e assistência multidisciplinar prolongada. Como o hospital geral não atende suficientemente estas demandas, a opção por cuidados integrais em domicílio, consolidado com a identificação home-care, é considerada no universo de serviço de saúde complementar. Esta incluído dentro das atividades do Serviço Único de Saúde e também na área privada, com a perspectiva de redução imediata de custos em relação a permanência em hospital, particularmente em unidade de tratamento intensivo.

Não obstante as múltiplas vantagens, principalmente a permanência na própria casa, a atividade apresenta múltiplas barreiras, como o financiamento e a realização de atividades complexas que podem ter interferência de familiares. Também a manutenção de técnicos de enfermagem, além da verdadeira invasão do domicílio por múltiplos profissionais (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, psicólogo, dentista e assistentes sociais) gera desconforto à privacidade familiar.

A maior característica é a implementação do trabalho multidisciplinar, um marco da Geriatria e Gerontologia.  A grande demanda é representada por quadros terminais de demências, neoplasia, sequelas de lesões cerebrovasculares e insuficiência respiratória. As doenças infecciosas, contudo, representam um grande desafio na deterioração e complicações que ameaçam a vida. Na área medica o maior desafio é a introdução de terapias, sem poder contar com recursos diagnósticos imediatos, ressaltando que a atividade não é compatível com o retorno ao hospital com frequência. Também a dificuldade da prescrição de medicamentos e procedimentos, que são encaminhados a uma base distante através de uma longa cadeia de profissionais, o que gera empecilhos, demora e dúvidas. Apesar do perfil da população atendida, alguns pacientes recebem alta, principalmente aqueles cuja a internação se justificou pela necessidade de reabilitação. Ainda que não inteiramente aceito na cultura brasileira, é o ambiente ideal para realização de cuidados paliativos e terminais.

 

Peculiaridades da administração dos Serviços de Internação Domiciliar no Brasil.

O maior desafio da administração da internação domiciliar é se colocar como interlocutor de diversos interesses, não dispondo da liberdade e estrutura de um hospital, mas mantendo as mesmas ou maiores responsabilidades. Dentro deste quadro tem destaque a necessidade de autorização de planos de saúde para alteração da terapêutica, o que é constantemente realizado por profissionais sem suficiente capacitação, mas que têm o poder de vetar medicamentos e procedimentos. Ressalta-se também a dificuldade de administração de um grande número de profissionais que estão trabalhando à distancia, muitas vezes ignorando normas e protocolos. Esta situação se expressa pela manutenção de três técnicos de enfermagem por paciente e uma equipe que consta de médico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e nutricionista. A demanda por terapia ocupacional e psicologia chega a 10%.

A dispersão dos domicílios atendidos requer a implementação de um serviço complexo de logística, de alto custo, expresso na relação de um veiculo para cada 18 pacientes. Não se inclui nesta estatística a necessidade de ambulância para remoções e veículos para distribuição de materiais de grande volume como fraldas, cadeiras de roda e banho, camas hospitalares, utensílios para aplicação de soros, medicamentos e dietas.

Não obstante a necessidade de evitar retornos ao hospital, muitas vezes é a própria família que requer, por julgar que o quadro do paciente exige cuidados especiais em hospital, apesar de ser uma visão, na maioria das vezes, equivocada. A Taxa de re-hospitalização varia de 5 a 10%, dependendo da característica da população atendida e da ansiedade de familiares.

O gerenciamento de medicamentos envolve aspectos éticos, legais e financeiros, demandando uma farmácia com elevado estoque e alto custo. Não apenas a dispensação, mas também a recuperação de medicamentos não utilizados, representa um desafio constante.

A mortalidade na Internação domiciliar chega a 4%, muitos dos quais após re-hospitalizaçào. Esta variável sofre forte influencia do perfil dos doentes, ressaltando que cada vez mais a internação domiciliar é oferecida pelos planos de saúde a paciente graves com transtornos complexos e terminais.

Não existe formação especifica para profissionais de Home Care, o que impõe a necessidade de treinamento constante para todos os níveis. Na área médica os especialistas mais indicados para este tipo de atendimento são os Geriatras, pela visão da multidisciplinaridade e da horizontalidade da atuação.

 

Avaliação Global de Enfermagem em Internação Domiciliar.

A atuação da enfermagem engloba supervisão, procedimentos, relacionamento com familiares e planos de saúde, educação e treinamento. A supervisão apresenta um desafio pelo grande número de técnicos de enfermagem envolvidos, alguns dos quais com insuficiente formação. A necessidade de supervisão é critica no acompanhamento de feridas, administração de medicações e dietas. Cerca de 10% dos internados apresentam lesão por pressão, usualmente adquiridas em internação hospitalar. Os procedimentos mais demandados são trocas de dispositivos e administração de medicamentos. O relacionamento com familiares e os planos de saúde é complexo, pois envolve conflitos de interesse entre as duas partes. E também responsabilidade da enfermagem o atendimento em regime de plantão, inclusive noturno. A educação e treinamento e um processo permanente, uma vez que este tipo de atendimento (Home Care) tem peculiaridades próprias que não consideradas na formação universitária e de cursos técnicos. A maioria dos pacientes tem 80 a 89 anos (39%), seguida pela faixa 70 a 79 anos, com 1/5 dos pacientes. Sessenta e cincos por cento dos pacientes são caracterizados como alta complexidade, que implica cuidado de enfermagem por 24 horas, sendo que 50% apresentam incontinência urinária ou fecal e também fazem uso de dieta através de gastrostomia. Observa-se que a maioria dos pacientes com demência, oriundos de hospital, têm gastrostomia, alguns dos quais com indicação discutível. As visitas médicas são sempre acompanhadas pelo enfermeiro, o que é uma prática básica do atendimento multidisciplinar, que trás mais benefícios. Cerca de 5% dos pacientes demandam ventilação mecânica, que implica acompanhamento diário de fisioterapeuta e constante intervenção da enfermagem na supervisão de secreções, funcionalidade da cânula de traqueostomia, que quando afetada é substituída em domicílio por médico experiente. A vigilância de quadros infecciosos é intensa pelo fato das doenças crônicas constituírem importante fator de risco para infecções, particularmente dos sistemas urinário e respiratório. A dificuldade em obter apoio laboratorial e radiológico imediato implica a adoção de antimicrobianos de largo espectro, para evitar a deterioração ou a re-hospitalizaçao. Os antibióticos mais utilizados são quinolonas injetáveis, carbapenemas, penicilinas potencializadas (amoxicilina com clavulanato), cefalosporinas de 2ª e 3ª geração. A morte em domicílio ocorre principalmente em pacientes com cuidado paliativo, estando a família preparada para vivenciar o óbito, sem a equivocada atitude de exigir hospitalização.

As peculiaridades do Home Care demandam atuação complexa e variada do enfermeiro.

 

Olá aqui é da Ouvidoria, posso ajudar?